quinta-feira, 31 de maio de 2012

Todos contra a violência doméstica!


Sintomas que podem revelar que uma mulher pode estar sofrendo algum tipo de violência. Perguntas a serem feitas:



-Tem medo do temperamento do seu namorado ou namorada?

-Tem medo da reação dele quando não tem a mesma opinião?

- Ele constantemente ignora seus sentimentos?

- Faz chacota, ou ri das coisas que lhe diz?

-  Ele ignora seus sentimentos?

- Procura ridicularizá-la na frente de parentes e amigos?

- Ameaçou agredi-la alguma vez?

- Alguma vez lhe bateu, deu um pontapé ou soco ou lhe jogou algum objeto?

- Não pode sair de casa sem seu companheiro?

- Alguma vez foi forçada a ter relações sexuais?

- Tem medo de dizer não quando não quer ter relação sexual?

- É forçada a explicar tudo o que faz?

- Já foi acusada, injustamente, de estar envolvida com outros homens?

- Tem ansiedade ou depressão?

- Tem insônia?

- Já tentou suicídio?

- Tem problemas com relacionados com uso de substancia psicoativas?

- Se machuca sempre?

- O companheiro é muito controlador e ciumento?



A presença de alguns destes comportamentos, sobretudo utilizados para controlar a mulher, pode significar que ela esta sendo vítima de algum tipo de violência.



Causas:


- Ciúmes,

- uso de substancias entorpecentes (principalmente álcool);

- machismo (dominação);

- desajuste familiar;

- histórico de violência na família;

- falta de controle sobre as próprias emoções;

- crença na impunidade etc. (a impunidade é uma das causas mais expressivas da violência domestica e familiar contra a mulher);

 - falta de religiosidade;

- desagregação familiar etc.



Por que as mulheres têm dificuldades em reagir ou denunciar


Os que faz com que a mulheres não reajam a este tipo de violência?

- Medo de novas agressões;

- Vergonha de se expor;

- Dependência financeira;

- Dependência emocional;

- Baixa auto-estima;

- Falta de confiança em si mesma;

- Falta de apoio familiar e social;

- Crença  de que não haverá novas agressões;

- Não querem que o agressor seja preso ou condenado socialmente e

- Sentimentos de culpa pela violência sofrida;

- Acreditam que se está ruim com ele pior ficará sem ele...


Como diminuir a Violência Domestica e Familiar


Falar em acabar com a Violência Domestica e Familiar seria utópico, entretanto, algumas medidas devem ser tomadas, tanto pelo Poder Publico, pela sociedade e por cada pessoa em particular.


A pesquisa feita pela Data/Senado em 2009 revelou algumas medidas informadas por mulheres no sentido de minimizar o problema:

- A criação de uma lei especifica para este tipo de crime. Já foi criada a Lei 11.340/06. Foi um avanço, mas ainda muito pouco resolveu, devido, principalmente pela falta de implementação de políticas publicas que façam valer o que foi descrito na Lei.

- Que sejam intensificadas as campanhas para divulgação dos direitos da mulher.

- Melhoria na assistência às vitimas.

- Estimular o debate social sobre o tema.

- Capacitar lideranças comunitárias para que possam intervir em casos de emergência.

- Ter defensor público para orientá-la

- Ter equipe multidisciplinar (advogado, psicólogo, assistente social, médicos e demais profissionais que possam ajudá-las nos vários campos do conhecimento) para onde possam ser encaminhadas após a agressão.

- Fortalecer a base familiar.



A lei é um instrumento para isso, ajuda a mudar posturas e a cultura. Mas é necessário construir uma nova escola, com nova mentalidade, que não faça diferenças entre meninas e meninos



Nos como mulheres temos muita responsabilidade nesta questão de violência de gênero porque ainda passa, quase que exclusivamente, pelas nossas mãos a educação de nossos filhos. E nós ainda estamos criando meninas e meninos de forma diferentes, fortalecendo a desigualdade entre homens e mulheres. Isso ocorre quando incentivamos os meninos a saírem para a rua e as meninas a ficarem em casa; as meninas a ajudar no serviço doméstico e os meninos ficarem brincando esperando que o almoço seja servido pela mãe e pela irmã; quando o pai incentiva muito mais o filho a lutar do que a demonstrar carinho, ao contrario do que faz com a filha. Quando ensinamos nossas filhas que sexo fora do casamento é errado e para os filhos os pais ensinam precocemente o que é uma relação sexual e os incentiva a “transarem” assim que se tornam adolescentes, ou até mesmo antes.

Curioso é que os homens se esquecem que, na maioria das vezes, eles têm filhas em casa, e que os pais dos outros meninos também estão ensinando as mesmas coisas para eles. Portanto, a filha que ele tem em casa pode ser a “nova transa” desses meninos.

A raiz de tudo está na maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Denunciar através das Delegacias Especializadas no Atendimento a Mulher, através do Disque Denuncia Mulher 180, procurar ajuda nos serviços públicos tais como Assistência Social, Defensoria Publica, atendimento jurídico das faculdades...

Soluções

Melhores condições de vida,
Melhoria do aparelhamento policial com investimentos em aparatos tecnológicos e treinamento dos policiais, fazendo com que as policias atuem de forma científica,
Celeridade na apuração dos crimes e no seu julgamento (contratação de pessoal e melhor qualificação dos que já atuam nessa área),
Melhores condições na execução da pena em locais onde os presos possam ser realmente educados para retornarem à sociedade,

PREVENÇÃO (palestras, apoio, denuncia, ouvir, informar).



Finalização: A partir do momento em que acreditarmos que existe um Ser superior e que este Ser nos criou. Portanto, somos todos irmãos. Que acreditarmos que o único caminho para chegarmos até Ele é o amor, isso nos limitará em nossas más ações. Por quê?  Ou teremos temor a Deus, ou acreditaremos que as nossas más ações retardarão o nosso encontro com Ele, ou porque teremos medo de ser punidos ou castigados.

A religiosidade deveria ser ensinada não como uma obrigação, mas sim como um conhecimento que deveríamos ter para nos tornarmos uma pessoa melhor, compreender melhor as nossas falhas, e a de nossos semelhantes, e de nos melhorarmos a cada dia.




 Hugo Fontes - Cofundador do Projeto Pedra Viva

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